Segunda-feira, 30 de Março de 2009
Não me queimo, neste meu tão perfeito fogo.
Não me fere este pulcro fogo, enão me cega o seu fumo.
Não me arde esta fogueira, na sua revigorosa cor.
Não lhe consigo reconhecar aquela dor, que rodeia o meu corpo de amor.
Tal como um tronco que se desfaz crepitando, vivo-te neste fogoso fogo, libertando fagulhas em brasa.
Não me queimo, neste fogoso fogo que me muda de cor,que
não me fere o olhar, que me mistura num cheiro e num ardente calor
refunde-me num baile de vento elevando-se em vivas chamas e como a um tronco me desfazesem brasas de vida...
Neste fogoso fogo, viverei bailando, eternamente ondulando no ar que me rodeia,sufoco num fumo que a essência me cheira.
Em retalhos de vida ficarei abrasando-me de paixão e cor ,nesse fogo me empolgo
vivendo em brasas sem medo, suporto o calor que tem uma vida de fogueiras ...
que nada serão sem paixão e, que sem este fogoso fogo devagar se apagarão...
Sem ar, sem fumo, sem cheiro, sem o seu fogoso calor, nada será...
Meu lento fogo que me enlaças, incinera-me nessas brasas que me picam com as suas
fagulhas disparadas,e que de tão fortes não me queimam...
de vida e calor, não me queimo neste meu embriagao e perfeito fogo de amor...
Teresa Maria Queiroz/ Março 2009
foto de António Carlos Carvalho
obrigada Tó