Segunda-feira, 30 de Março de 2009
Por esses caminhos mutantes, andaste
por atalhos errados.
Passeias ainda nesse teu fatigado andar,cortando caminho procuras e não encontras a tua saída.
Por caminhos errados, andas em passagens
mutantes e tão distantes...
Não corres... caminhas tão devagar...
Divagas sem destino, num rumo cromático
no qual te deixas deslizar, e escorregas, por caminhos errantes,andando...
Já não te vejo desde aqui...
Mudando a tua cor, escondes-te de qualquer dor...percorrendo esses errados caminhos
acertas um passo tão curto , tão devagarinho...
Não sabes se segues, se cais, se paras para nunca conseguires chegar a nenhum conhecido lugar.
Aquela mutante cor, nada te diz nem conduz o teu andar.
Curvado sobre o peso duma dor isenta de qualquer cor, carregas-te...e deslizas nesse cromático caminho, escondes-te andando e já mesmo adivinhando que nunca
te verás chegando...passeias em ti , erras em ti qualquer escorreito amor sem rumo.
Por caminhos errados andas, sem correr absorves o teu estuporado torpor.
Por esses mutantes caminhos, errados, não lhes sabes mudar a cor, nem aprendes os caminhos sem dor.
Não encontrando,caminhas...
curvando-te sem amor
Teresa Maria Queiroz/Março 2009
quadro:acrílico s/tela
Horácio Queiroz