Segunda-feira, 30 de Março de 2009
Noiva plastificada num sentimento que julgará eterno,
acreditando no futuro
que de estranho já não lhe estranha.
Esta noiva plastificada sofre
e veste o plástico que lhe dão...
A plastificada noiva que é,sabe
a plastificada vida que adivinha ser,
por isso se mumifica envolta
no plástico do sentimento
que já conhece assim
fica queda,
sem saber,
sem se mexer
sem pensar...
Tudo deixa adivinhar a plastificada noiva,que se enrola no plástico do seu querer .
Mumificada segura um vestido que sabe não
lhe servir...
Esta plastificada noiva que não sorri ao sentir,e
com o aquele incómodo plástico do viver, se deixa passivamente envolver.
Passivamente adivinhando todo o seu futuro o seu ser, plastificada se mumifica num sentimento de já nada querer.
Esta plastificada noiva que de plástico viverá ...
mesmo quando menos esperar,mesmo sem se aperceber
presa a um plástico vivo, se deixará acomodar com medo de rasgar o plástico mumificante.
Teresa Maria Queiroz/Março 2009
foto.....António Carlos Carvalho