Quinta-feira, 16 de Abril de 2009
E porquê preocupar-me agora em encontrar qualquer caminho direito, quando tudo pode ser uma alegre caminhada numa raposódia de traços, bolas e figuras imaginadas... para quê encontar um caminho definido se posso andar entre figuras só com a necessária atenção de nunca tropeçar, para quê tentar caminhar estática e envolta numa harmonia tão fastidiosa, se posso andar em labirintos de duma vida ,tão divertidos e fascinantes pelo inesperado do caminho que agora vislumbro e tanto me apeteçe seguir sem medo de seguir... se posso sentar-me confortávelmente numa enorme bola e jogar à "macaca" em quadradinhos bem desenhados...equilibrando-me para não cair, para não pisar os traços e perder, e segurando-me numa barra qualquer ...que nem imaginava que ali estava...não caio...
para quê definir caminhos... quando o caminho pode ter o encanto do indefenido e do imprevisível... do indefenível... do inimaginável...
para quê procurar uma monótona harmonia, quando harmoniosamente posso ir andando por um caminho desconhecido e encantado, que se harmoniza só no meu desejo...
não te procuro mais nesse teu falso e harmonioso caminho...
Teresa Maria Queiroz/Abril 2009
quadro: acrílico S/tela de Horácio Queiroz